quarta-feira, 30 de julho de 2014

Por voto católico, presidenciáveis rezam e homenageiam santos


Dilma atende reivindicação da cúpula católica, Aécio participa de homenagens religiosas e Campos assume compromissos


Para conquistar votos dos eleitores católicos, candidatos à Presidência da República já dedicam boas horas de suas campanhas a participações em missas, festas religiosas e às promessas de atenderem à pauta lançada pela Igreja para as eleições deste ano. O tucano Aécio Neves investiu em peregrinações e festas em homenagens aos santos católicos, na busca de uma identificação com o eleitor religioso. Já a presidente Dilma Rousseff tratou de agradar à cúpula católica, atendendo suas reinvindicações apresentadas nos bastidores, bem antes do início da campanha.

O socialista Eduardo Campos, por sua vez, também procurou o clero para rezar a cartilha das eleições deste ano, em defesa da reforma política. Além disso, assumiu o compromisso de não mexer na legislação sobre aborto.

Dilma Rousseff com o Cardeal Dom Orani Tempesta em Roma, em 22 de fevereiro deste ano

Dilma costurou apoios na cúpula da igreja, tendo como ponto inicial da conversa a defesa de uma proposta de reforma política, com plebiscito. A proposta é um dos pontos centrais de seu programa de governo e também da cartilha “Pensando o Brasil”, lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que orienta os católicos a votarem em candidatos que defendam as mudanças na política.

Na campanha passada, Dilma se viu às voltas com temas de cunho moral como aborto e casamento gay, assuntos caros para as igrejas. A polícia chegou a apreender em uma gráfica de Guarulhos, mais de dois milhões de panfletos encomendados em nome da CNBB. Os panfletos serviriam para orientar fiéis a não votarem no PT ou em Dilma, devido ao “interesse” dela e do partido na legalização do aborto.

Neste ano, para se prevenir das críticas, a presidente Dilma ainda aceitou enviar ao Congresso um projeto de lei para “corrigir” o termo “profilaxia da gravidez” constante na lei 12.845, que regula o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. Além de substituir na lei o termo por “medicação com eficiência precoce para prevenir gravidez resultante de estupro”, a proposta exigida pelos religiosos também substitui a expressão “qualquer forma de atividade sexual não consentida” por “formas de estupro”.

Com isso, alegam os religiosos, o texto da lei não abriria qualquer possibilidade de legalização do aborto no Brasil, fora das exceções previstas no Código Penal.

O envio da proposta para correção dos termos ao Congresso ocorreu logo após a sanção da lei pela própria presidente, em agosto de 2013. Para chegar a Dilma, representantes da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), apoiados por alguns pastores evangélicos, contaram com a articulação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ligado à Igreja Católica.

Embora a proposta não promova uma mudança importante no mérito da lei, os religiosos enxergam nela a possibilidade servir de cabide para uma série de emendas. O projeto, que está em discussão na Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara, já conta com emendas do deputado Henrique Afonso (PV-AC) e do deputado João Campos (PSDB-GO), autor do projeto de lei que ficou conhecido por promover a “cura gay”.

Agenda religiosa intensa

Nas duas primeiras semanas de campanha, a agenda de Aécio foi cheia de atos pensados para indicar sua devoção católica. Em uma das primeiras agendas de campanha, Aécio incluiu em seu roteiro uma passada pelo Convento da Penha, em Vila Velha, no Espírito Santo, principal ponto de peregrinação do Estado. Ele alegou que Tancredo Neves, há 30 anos, deu início à campanha pela democratização, em terras capixabas e que, com o gesto, seguia os passos de seu avô para a campanha.


Nas outra semana, o candidato do PSDB à Presidência da República visitou o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e participou de cerimônia religiosa ao lado do arcebispo metropolitano da capital, dom Walmor Oliveira de Azevedo.

Na ocasião, Aécio lançou mão novamente da tradição. Disse que, reproduzia no local os passos do avô, que costumava dar início a suas campanhas no local. “Faço questão, no momento em que essa caminhada se inicia efetivamente, com muita fé, de pedir coragem, serenidade para enfrentar obstáculos que serão colocados à nossa frente. Temos uma missão complexa e não a cumpriremos sem enfrentar dificuldades”, disse o tucano.

Em pouco mais de duas semanas de campanha, Aécio assistiu à missa em Juazeiro do Norte (CE) em homenagem a Padre Cícero e prometeu a criação de um roteiro religioso de 800 quilômetros ligando o santuário de Caeté (MG) à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), pela Estrada Real.

Ele ainda se reuniu com o cardial arcebispo, Dom Orani Tempesta, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, em busca de apoio.

Integrantes da campanha de Aécio fazem questão de dizer que as agendas religiosas são naturais por se tratar de um candidato que sempre foi católico praticante, de família católica tradicional mineira, e que a concentração da agenda do início da campanha em atividades religiosa ocorreu por pura coincidência. “Não foi nada deliberado, ele é muito religioso”, diz o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), um dos mais próximos de Aécio.

“O povo brasileiro é extremamente religioso. Não diria que as pessoas misturam política com religião, mas quando elas veem um candidato assim, se identificam”, admitiu Pestana.

O coordenador-geral da campanha tucano, o senador José Agripino Maia, despista quando o assunto é a busca do voto religioso. “O Estado é laico”, diz ele.

Cláusula de barreira

Ao clero e em entrevistas, Aécio falou do seu compromisso em encaminhar ao Congresso, caso seja eleito, uma proposta de reforma política. No entanto, de acordo com a coordenação de sua campanha, a proposta defendida pelo tucano em nada tem a ver com a iniciativa popular defendida pela CNBB, pelo PT, e por diversas entidades, entre elas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Não é o que eu converso com ele”, disse Agripino.

A reforma política que Aécio quer encaminhar ao Congresso tem como ponto principal a cláusula de barreira para limitar o número de partidos. "Este será o ponto de partida”, explicou Agripino. "O que ele propõe é uma reforma exequível e não um monte de ideias sem chances de serem aprovadas pelo Congresso."

A cláusula de barreira existe em vários países, mas no Brasil não chegou a ser implantada por ter sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Ela exige de um partido tenha um número mínimo de 5% do total de votos para a Câmara dos Deputados, no âmbito federal, e nas casas legislativas dos Estados e municípios para que a legenda possa continuar funcionando.

A reforma proposta pela CNBB vai noutro sentido. Os bispos católicos querem a convocação de um plebiscito, a votação em listas fechadas para as eleições proporcionais, com alternância entre mulheres e homens nestas listas. A proposta defende ainda, como ponto importante, a proibição de financiamento de campanha por empresas privadas, ponto que os tucanos se posicionaram contrários no Congresso.

Sem regras novas sobre aborto 

Eduardo Campos, por enquanto, reservou espaço à Igreja Católica na na pré-campanha, quando esteve com o bispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno. Na ocasião, ele recebeu a pauta católica e prometeu dar seguimento, caso seja eleito. Sua vice, Marina Silva, que é evangélica, também participou do encontro.

Além de assumir a reforma política propostas pela Igreja, Campos também disse que não enviará ao Congresso, caso seja eleito, nenhuma proposta de legislação que modifique as regras sobre aborto.

Atualmente o aborto só é permitido do Brasil para gestações decorrentes de estupro ou que representem risco de vida para a mãe. Além disso, por decisão do STF, a gravidez pode ser interrompida em casos de anencefalia fetal.
http://www.midianews.com.br/

terça-feira, 22 de julho de 2014

Após receber aprovação de Arquidiocese, Rio, Eu Te Amo terá curta de José Padilha

"O episódio não visou interesse religioso no trato à imagem do Cristo Redentor, portanto não houve desrespeito ao Cristo ou à religião católica", diz comunicado oficial divulgado pela assessoria do Filme.

No início deste mês de julho, foi noticiado que o filme coletivo Rio eu te amo estava envolvido com um imbróglio com a Arquidiocese do Rio de Janeiro. O órgão que representa a Igreja Católica havia vetado o uso da imagem do Cristo Redentor no segmento Inútil Paisagem, dirigido por José Padilha.
A Cúria considerou que haviam imagens que eram "ofensivas à imagem do Cristo e, consequentemente, à casa dos católicos", de acordo com comunidado oficial. A notícia obviamente não agradou os envolvidos com o filme. "O veto é censura, representa um enorme retrocesso no que tange a liberdade de expressão no Brasil", afirmaram Padilha e Wagner Moura,  em entrevista ao jornal O Globo. 
Entretanto, a Arquidiocese reconsiderou sua posição e não irá mais se opor ao uso da imagem do Cristo Redentor no filme, pois em sua reavaliação do caso, concluiram que não houve desrespeito ao Cristo ou à religião católica. "Apesar do prazo muito apertado, os produtores vão trabalhar intensamente e esperam poder incluir o episodio na versão para os cinemas brasileiros", diz comunicado oficial divulgado pela assessoria do filme.
Em Inútil Paisagem, Moura interpreta um instrutor de asa delta que faz um balanço sobre a Cidade Maravilhosa durante um voo pela cidade. Quando se aproxima do Corcovado, o homem começa a conversar com a imagem de Cristo faz reclamações sobre problemas sociais e sobre a infelicidade das pessoas.
Depois de Paris Te Amo (2006) e Nova York Eu Te Amo (2008), Rio, Eu Te Amo estreia dia 11 de setembro de 2014. Os outros nove segmentos contam com a direção de Andrucha Waddington, Paolo Sorrentino, Fernando Meirelles, Stephan Ellioti, John Turturro, Guilhermo Arriaga, Im Sang Soo, Carlos Saldanha e Nadine Labaki.
http://www.adorocinema.com/
De João Vitor Figueira

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Papa está preocupado com ataques do Isis a cristãos



O papa Francisco está acompanhando com grande preocupação a situação da comunidade cristã no Iraque, após um palácio episcopal sírio-católico em Mosul ser incendiado por rebeldes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, na sigla em inglês). A informação foi divulgada pela Rádio Vaticana e pelo Patriarca Sírio Antioqueno, líder da Igreja Católica siríaca, Inácio José III Younan. "As últimas notícias são desastrosas. Nós, com amargura, repetimos o que sempre dissemos: não se deve misturar religião com política", disse Younan, que se reuniu neste sábado (19), no Vaticano, com o secretário para as Relações com os Estados, arcebispo Dominique Mamberti. 
"Se há inimizades entre xiitas, sunitas e etc, isso não deve ser motivo para atacar inocentes cristãos e outras minorias. Nem é motivo para destruir lugares de culto, igrejas, paróquias, em nome de uma organização considerada terrorista que não escuta a razão", criticou. O Isis deu um prazo de três dias para que todos os cristãos deixassem Mosul, cidade tomada desde 10 de junho pelos jihadistas. Ao assumir o controle, o Isis impôs a lei islâmica (sharia), proibiu o álcool e o tabaco, e obrigou as mulheres a usarem véus. 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Nossa sra do Carmo.




Dia 16 de Julho dia de Nossa Sra do Carmo.

Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.
Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo” significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45).
Estes profetas foram “participantes” da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno”.
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte”.
Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
http://santo.cancaonova.com/

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Católicos terão 1ª Escola da Fé em Serra Negra.



Uma das prioridades do Primeiro Plano de Pastoral Diocesano é a formação integral, que compreende as dimensões bíblica, catequética, litúrgica e de doutrina social da Igreja, tendo em vista a missão. O fiel católico tem por direito e dever receber tal instrução, afinal, é através do conhecimento que ele pode melhor testemunhar a sua fé e alimentar pela Igreja um amor fiel e consciente. Ninguém ama aquilo que não conhece e só o conhecimento pode dar bases sólidas ao amor, à fé e ao seguimento.
Cada paróquia deve ser uma escola de fé, não apenas uma casa de oração. Ela deve prover aos seus fiéis a formação necessária para aprofundar a relação de intimidade com Deus, bem como suprir as carências nas questões teológicas e doutrinais para que Ele possa melhor testemunhar sua fé no mundo, diante de  tantos apelos e provocações. A formação é a forma concreta da Igreja evangelizar, formando discípulos de Jesus Cristo, profetas da Verdade e da Justiça e arautos do Reino de Deus.
Unida à Igreja Particular de Amparo e sensível à sede de conhecimento dos crentes, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, promoverá, entre os dias 14 de julho a 02 de agosto, às 19:30 horas, a “Escola da Fé”, de segunda à sexta-feira, no salão paroquial, logo após a celebração da Santa Missa, que ocorrerá sempre às 18:45 horas. As aulas serão dadas pelo pároco, Pe. Sidney Wilson Basaglia. O curso é um compromisso para os agentes de pastoral da paróquia, mas é também aberto a todas as pessoas de boa vontade, que desejam conhecer melhor sua fé.  Tem por objetivo fornecer uma visão geral das Sagradas Escrituras, da Fé da Igreja.  
Que o conhecimento à luz da fé seja o lugar de encontro com Deus, de modo que, conhecendo, nos apaixonemos; apaixonando-o Sigamos; e seguindo, testemunhemos seu amor e misericórdia desmedidos.
http://www.oserrano.com.br/

terça-feira, 8 de julho de 2014

Banco do Vaticano deverá ser reduzido e reestruturado.



O Banco do Vaticano deverá em breve deixar de lado as suas atividades de investimento e se transformar em uma instituição dedicada principalmente ao serviço de pagamentos para a Igreja Católica de Roma, revelaram fontes do Vaticano nesta segunda-feira (7).
Os detalhes da redução de escala serão anunciados na quarta-feira (9) pelo cardeal australiano George Pell, que encabeça o Secretariado de Economia, criado no início do ano para supervisionar as finanças do Vaticano e conter os escândalos que vêm constrangendo a igreja há décadas.
Segundo as fontes, o empresário francês Jean-Baptise de Franssu deve ser nomeado novo chefe do banco, formalmente conhecido como Instituto para as Obras de Religião (IOR, na sigla em italiano). Ele irá suceder o alemão Ernst von Freyberg, que sai depois de instituir grandes reformas.
Sob as novas diretrizes, o IOR não terá mais as funções de administração de ativos. O banco se restringirá a providenciar o serviço de pagamentos e aconselhamento financeiro para ordens religiosas, instituições de caridade e funcionários do Vaticano.
Os ativos da Santa Sé devem ser administrados por um departamento recém-criado, afirmaram as fontes. A reestruturação radical do banco será anunciada um dia depois de o IOR publicar seu balanço de 2013 na terça-feira.
Os novos estatutos do banco devem fazer do cargo de presidente uma posição de tempo integral na instituição.
Freyberg, que foi indicado em 2013 em uma das últimas decisões tomadas pelo papa emérito Bento 16 antes de renunciar, vinha dividindo seu tempo entre a Alemanha e a Itália.
http://noticias.r7.com/

sábado, 5 de julho de 2014

"O Céu visitou a terra no campo dos pobres"



A emocionante carta de um sacerdote francês que se encontrava em um campo de concentração durante a II Guerra Mundial


Esta é a carta de um sacerdote francês que se encontrava no campo de concentração de Hradischko (a 30km de Praga), a um sacerdote tcheco.

“Meu caro irmão em Cristo, sou um sacerdote da Santa Igreja Católica Romana, da diocese de Bellery, na França (a diocese de São João Maria Vianney, pároco de Ars). Atualmente sou prisioneiro no campo de concentração de Hradischko. Sou o único sacerdote entre todos os prisioneiros; comigo se encontra também um seminarista teólogo. Fui preso pela Gestapo; aqui é impossível praticar os deveres espirituais, celebrar a Santa Missa e comunicar-se. Compreenderá a minha dor como sacerdote.

Não se surpreenda, portanto, que me volto ao senhor para que busque me ajudar no estado de abandono em que me encontro. Teria a possibilidade, após uma madura reflexão e com todas as precauções do caso, de me enviar o Novo Testamento, a Imitação de Cristo, um Missal Romano e algumas hóstias consagradas? Faz dez meses que não recebo a Santa Comunhão. Esteja certo que serei prudente. O meu companheiro, o teólogo e eu, seus irmãos em Jesus Cristo, o saudamos cordialmente e lhe pedimos a sua benção”, sacerdote Gabriel Gay.

Padre Alois Betik responde e acrescenta os livros pedidos. E as hóstias consagradas? Do arcebispo uma resposta direta: “Não é possível”.

O deportado se submete fielmente e termina uma nova carta deste modo: “Gostaríamos muito de poder comungar no dia do Nascimento do Mestre, no Natal! Mas que seja feita a sua vontade!”.

Padre Betik desobedeceu pela primeira vez na sua vida e deu 15 hóstias consagradas ao pároco de Pikovice, que tinha acesso à área proibida. Em 18 de dezembro de 1944, comungaram em Hradischko. “O Céu visitou a terra no campo dos pobres. Não sabemos como agradecê-lo. Estamos gratos também ao jovem pároco de Pikovice pela coragem, e esperamos que aproveitem novamente a ocasião para nos enviar a Eucaristia quando for possível. Para nós representa a esperança, a força e a paz. Por ocasião das festas natalícias rezaremos especialmente na secreta comunhão dos santos”, foi a resposta do padre Gabriel.

Uma nova carta após o Natal. “Foram belas as festas natalícias porque tínhamos entre nós Jesus, que pôde entrar em nosso coração. Outros deportados se comunicaram conosco. O meu amigo seminarista e eu nos comunicaremos novamente no dia da Epifania. Se for possível nos enviar outras hóstias santas, não exite em fazê-lo. O Cristo eucarístico é a nossa alegria e a nossa suprema consolação”. 

Em 8 de fevereiro de 1945, depois do segundo envio clandestino: “o Cristo eucarístico provocou grande alegria a muitos em nossas misérias. Neste momento nos sentimos muito felizes porque tivemos tudo aquilo que precisamos: a Eucaristia, o Missal Romano, o Novo Testamento e o Breviário”. 

Um mês depois: “podemos esperar receber pela terceira vez o Corpo de Cristo para cumprir, junto a numerosos companheiros do campo, o nosso dever pascal?”. Padre Betik não pode responder a este último pedido, e a Páscoa do padre Gabriel foi no céu. No dia 11 de abril foi assassinado junto com sete deportados, com uma rajada de metralhadora, enquanto trabalhava.

http://www.aleteia.org/

terça-feira, 1 de julho de 2014

Chefe do Banco do Vaticano sairá em reestruturação



Cidade do Vaticano - O presidente do Conselho do Banco do Vaticano deixará o cargo a partir da semana que vem como parte da reestruturação de uma instituição que tem sido um constrangimento para a Igreja Católica  há décadas, disseram fontes do Vaticano  nesta terça-feira.
Mas as fontes, que falaram em condição de anonimato, discordaram sobre se Ernst von Freyberg estava deixando o cargo voluntariamente ou se estava sendo punido por conta das diferenças dentro do Vaticano sobre o ritmo da reforma. A saída de Freyberg deve ser anunciada junto com a publicação, provavelmente na semana que vem, do relatório anual do banco, oficialmente conhecido como o Instituto para as Obras de Religião. Os novos estatutos do banco devem fazer do cargo de presidente do Conselho um trabalho de período integral e interno ao banco, segundo uma fonte, ao passo que Freyberg decidiu que quer voltar para sua família na Alemanha.
“Ele está em paz com sua decisão, porque é sua decisão”, disse a fonte. Freyberg foi indicado para liderar o banco em fevereiro de 2013, em uma das últimas decisões tomadas pelo Papa Bento 16 antes de renunciar no fim daquele mês. Sob sua liderança, o banco, afetado por diversos escândalos no passado, fechou centenas de contas, instituiu regulamentações contra a lavagem de dinheiro e lançou várias investigações de atividades suspeitas.
http://exame.abril.com.br/